IRS criticou registros de apreensão de criptomoedas — aqui está o que saber
A divisão criminal da Receita Federal (IRS) está sob escrutínio por não documentar e rastrear adequadamente bilhões de dólares em ativos de criptomoedas apreendidos, de acordo com um relatório recente do Inspetor-Geral do Tesouro para Administração Tributária (TIGTA).
A investigação do órgão fiscalizador, divulgada esta semana, mostra grandes lapsos na forma como a Receita Federal de Investigação Criminal (IRS-CI) lida com ativos digitais apreendidos em casos criminais.
No final de 2023, a agência havia assumido a custódia de cerca de US$ 8 bilhões em ativos digitais vinculados a investigações abertas. No entanto, o TIGTA descobriu que o IRS-CI não seguiu consistentemente seus próprios procedimentos para documentar essas apreensões, deixando dados importantes ausentes ou incorretos.

Watchdog descobre que a Receita Federal carecia de documentação básica em casos-chave de criptografia
Uma questão central envolvia os memorandos de apreensão exigidos. Esses documentos destinam-se a registrar formalmente a transferência de ativos digitais para carteiras controladas pelo governo.
A TIGTA constatou que nem todas as apreensões tinham tais memorandos e, entre as que tinham, muitas careciam de detalhes cruciais, como endereços de carteiras, valores de transações ou mesmo a data da apreensão. Em um caso, os endereços das carteiras foram trocados por engano.
Para além das lacunas burocráticas, o relatório assinalou preocupações mais sérias. Os investigadores descobriram que três carteiras de hardware desapareceram depois de serem entregues pelo FBI.
Em outro caso, a equipe da Receita Federal triturou a frase semente de recuperação para uma carteira do governo, arriscando a perda permanente de acesso. Embora os fundos tenham sido finalmente recuperados, o relatório observou que tais erros poderiam ter conduzido a perdas irrecuperáveis.
Troca de litecoin para Bitcoin e erro decimal expõem falhas de criptografia do IRS
O IRS-CI também foi criticado por converter um ativo Litecoin em Bitcoin durante uma apreensão. Não conseguiu preservar o ativo na sua forma original. Mais tarde, a agência atualizou suas diretrizes para manter as criptomoedas apreendidas em seu formato nativo. No entanto, essa mudança só veio depois que a TIGTA levantou preocupações em maio de 2024.
As falhas na manutenção de registros se estenderam ao próprio sistema de inventário da Receita Federal, conhecido como AFTRAK.
Cerca de 43% dos criptoativos apreendidos foram listados no local errado. Além disso, várias entradas tinham incompatibilidades de quantidade que poderiam afetar a avaliação dos ativos. Por exemplo, uma holding de bitcoin apreendida foi subavaliada em mais de US$ 9.000 devido a um simples erro decimal.
A TIGTA emitiu seis recomendações, instando a Receita Federal-CI a melhorar os sistemas de inventário, esclarecer diretrizes internas e impor prazos para documentação. A Receita Federal concordou com cinco deles e aceitou parcialmente um sexto, citando complicações do mundo real na preservação de tipos de bens durante as apreensões.
Com as apreensões de criptomoedas provavelmente crescendo, a pressão agora está sobre a agência para melhorar seus controles e evitar erros caros.
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