A mineração do Ethereum não existe mais como antes. E se você ainda pensa em montar rigs ou investir em hardware para minerar ETH, saiba que poderia alocar seus recursos em iniciativas mais vantajosas.
Até 2022, o modelo usado pela rede — Proof of Work — consumia mais energia do que países inteiros. Segundo o Banco Central Europeu, redes como Bitcoin e Ethereum (pré-Merge) geravam impactos ambientais comparáveis aos de indústrias intensivas em carbono.
Com a atualização The Merge, a Ethereum abandonou esse formato e adotou o Proof of Stake, reduzindo o consumo de energia em mais de 99%. A mudança não foi estética, foi estrutural — e quem não entendeu isso ainda pode estar operando com informações ultrapassadas.
Neste guia, você vai entender o que foi a mineração do Ethereum, por que ela chegou ao fim, como funciona o modelo atual e o que você pode fazer agora para continuar participando da rede de forma inteligente — e alinhada com o futuro do mercado cripto.
O que é Mineração de Criptomoedas?
A mineração de criptomoedas é o processo usado para validar e registrar transações em uma blockchain. Ela garante a segurança da rede e introduz novos tokens no sistema.
No modelo tradicional, como o usado para minerar Bitcoin e, anteriormente, Ethereum, esse processo é feito via Proof of Work (PoW).
No PoW, os mineradores utilizam computadores potentes para resolver problemas matemáticos complexos. O primeiro a resolver o problema valida o bloco de transações e recebe uma recompensa em criptomoeda.
Esse sistema exige grande poder computacional e consumo de energia — o que tem gerado críticas ambientais.
Para se ter uma ideia, de acordo com o Banco Central Europeu, minerar Bitcoin demanda o mesmo tanto de energia anualmente do que o consumo anual de energia de países, como Espanha, Holanda ou Áustria.
Durante anos, esse modelo era a resposta para quem se perguntava como minerar Ethereum. Milhares de mineradores competiam por blocos, sendo recompensados em ETH, a moeda nativa da rede.
Com o tempo, a demanda por mais eficiência e sustentabilidade motivou mudanças no protocolo da Ethereum.
A atualização chamada The Merge marcou uma nova era para a rede.
Como o Proof of Work funcionava na mineração de Ethereum?
Antes de setembro de 2022, a mineração do Ethereum era baseada em Proof of Work (PoW), mesmo modelo utilizado para minerar Bitcoin.
Nesse modelo, computadores competiam para resolver equações criptográficas e validar blocos de transações. O minerador que completasse o desafio primeiro era recompensado com ETH.
Esse processo exigia equipamentos especializados, como GPUs de alto desempenho, e muita energia elétrica. Isso tornava a mineração uma atividade cara e acessível principalmente para operadores com grande infraestrutura — ou acesso a eletricidade barata.
O objetivo do PoW era garantir a segurança da rede e tornar os ataques extremamente caros, o que de fato funcionava. No entanto, o impacto ambiental e a centralização crescente da mineração se tornaram temas críticos.
Ao mesmo tempo, o modelo apresentava limitações em escalabilidade e eficiência.
Essas desvantagens abriram caminho para o desenvolvimento de um novo método de consenso: o Proof of Stake (PoS). Com ele, a rede Ethereum buscava mais segurança, menos consumo energético e uma arquitetura mais alinhada ao futuro da Web3.

Por que o Ethereum migrou para o Proof of Stake
A migração da mineração do Ethereum para o modelo Proof of Stake (PoS) foi motivada por questões de sustentabilidade, eficiência e escalabilidade.
O antigo sistema, baseado em Proof of Work, consumia grandes quantidades de energia, algo que ia na contramão dos princípios de inovação e responsabilidade ambiental do ecossistema Ethereum.
Com o crescimento da rede, o consumo energético disparou, tornando o Ethereum um dos sistemas mais críticos do ponto de vista ambiental entre os projetos cripto.
E hoje? Como o Ethereum é minerado? Não é exatamente mineração, pois a solução que veio com a atualização The Merge foi a substituição do modelo anterior por staking.
Além do benefício ambiental — com queda de mais de 99% no consumo de energia —, o PoS também trouxe maior descentralização e segurança.
No novo sistema, os validadores (e não mais mineradores) são escolhidos com base no valor em ETH que mantêm bloqueado (stake), e não mais no poder computacional.
Essa mudança não só reduziu os custos operacionais, mas também abriu novas possibilidades de participação na rede, agora mais acessível a usuários comuns.
Leia também: Lido 101: um guia completo para a solução de staking líquido da Ethereum
Quais as principais diferenças entre Proof of Work e Proof of Stake na Ethereum?
A mudança de PoW para PoS alterou totalmente a estrutura da mineração do Ethereum.
No PoW, os mineradores precisavam de hardware potente; no PoS, basta manter ETH em stake para validar transações.
A seguir, veja as diferenças principais entre os dois modelos:
Característica | Proof of Work (PoW) | Proof of Stake (PoS) |
---|---|---|
Critério de validação | Poder computacional | Valor de ETH em staking |
Equipamento necessário | GPUs ou ASICs | Qualquer computador com carteira Ethereum |
Consumo de energia | Muito alto | Baixíssimo |
Risco de centralização | Alto, devido ao custo de infraestrutura | Menor, com ampla participação da comunidade |
Recompensa | ETH minerado por resolver blocos | Recompensa em ETH por validar blocos |
Acessibilidade | Limitada a quem tem máquinas potentes | Acessível a qualquer usuário com ETH |
Além das mudanças no mecanismo de validação, a forma como os usuários pagam pelas transações também é impactada.
As gas fees (taxas de gás) continuam existindo, mas o novo modelo visa otimizar a eficiência de como essas taxas são calculadas e utilizadas.
Em suma, a transição para o PoS marcou uma evolução significativa na rede Ethereum, não só em eficiência energética, mas também em democratização do acesso e escalabilidade.
Como Minerar Ethereum Após a Atualização The Merge?
Desde a atualização The Merge, em setembro de 2022, a mineração do Ethereum como conhecíamos deixou de existir.
E como minerar Ethereum em 2025? O processo de validação de blocos é feito por meio do staking — um mecanismo no qual usuários bloqueiam seus ETH para garantir a segurança da rede e receber recompensas.
Para participar, é preciso fazer o stake de no mínimo 32 ETH diretamente no contrato inteligente da Ethereum.
Quem não tem esse valor também pode participar por meio de pools de staking, que agrupam recursos de diferentes usuários.
O processo hoje funciona assim:
O usuário deposita ETH em staking;
A rede seleciona validadores aleatoriamente para validar transações;
Validadores recebem recompensas em ETH proporcional ao valor em staking;
É necessário manter o nó online e seguir as regras da rede para não ser penalizado.
Se você buscava como minerar Ethereum em 2025, saiba que o conceito atual se baseia em staking, não em mineração tradicional. Trata-se de uma nova forma de contribuir e ser recompensado pela segurança da rede.
Leia também: O que é EtherFi? Uma nova abordagem para o staking de Ethereum
É ainda lucrativo minerar Ethereum?

Após o fim da mineração tradicional com GPUs, muitos se perguntam se ainda é possível — e lucrativo — minerar Ethereum em 2025. A resposta depende do entendimento sobre o novo sistema da rede.
Atualmente, não se "minera" mais Ethereum.
Com a chegada do Proof of Stake, o modelo de recompensa migrou para o staking. Isso significa que a lucratividade agora depende de quanto ETH você possui, do tempo em que o deixa em stake e da taxa de retorno da rede.
Em média, os validadores recebem entre 5% a 10% ao ano em ETH sobre o valor que mantêm bloqueado. Essa rentabilidade pode ser atraente, principalmente considerando a valorização do ativo.
No entanto, para quem ainda possui hardware de mineração, o ideal pode ser redirecionar o equipamento para minerar Bitcoin ou outras altcoins compatíveis com PoW.
Já para os interessados em participar da nova fase da Ethereum, plataformas como a OKX oferecem alternativas simples e seguras para entrar em pools de staking — com rendimentos automatizados e sem precisar operar nós próprios.
Leia também: Como os pools de liquidez V3 funcionam na DeFi da OKX?
Existem alternativas viáveis à mineração de Ethereum?
Sim, existem alternativas viáveis para quem deseja se expor ao ecossistema Ethereum após o fim da mineração do Ethereum via Proof of Work. As principais opções envolvem staking, renda passiva via DeFi, e até participação em nodes de validação por meio de corretoras confiáveis.
Veja algumas alternativas:
Staking direto (self-staking): exige 32 ETH e conhecimentos técnicos para manter um nó;
Staking líquido (DeFi): usuários podem emprestar ETH ou fornecer liquidez em protocolos descentralizados, mas ainda podem acessar seus fundos;
Staking via pools (staking de corretora): permite participar com menos ETH. Plataformas como a OKX facilitam o processo, com suporte técnico e recompensas automáticas.
Se você procura um site para minerar Ethereum, o caminho mais eficiente hoje é buscar plataformas com suporte a staking, que simplificam o acesso e eliminam a necessidade de equipamentos.
Na OKX, você encontra soluções completas para staking, trading e gestão segura dos seus ativos Ethereum.
Abra sua conta agora e comece a investir no futuro da rede, mesmo sem mineração tradicional.
Conclusão
A mineração do Ethereum deixou de existir no formato tradicional, mas isso não significa que as oportunidades acabaram. Pelo contrário: a transição para o Proof of Stake marcou um avanço importante para a rede em termos de eficiência, segurança e sustentabilidade.
Com o fim do uso intensivo de energia e a eliminação da necessidade de equipamentos caros, o Ethereum tornou-se mais acessível para quem deseja participar ativamente da rede.
Agora, o staking é o caminho principal para validar transações e ser recompensado.
Ao entender como funcionava a mineração, por que ela foi substituída e quais são as opções disponíveis hoje, você está mais preparado para navegar no universo da Ethereum com clareza e estratégia.
Seja para investir, participar da validação ou explorar soluções DeFi, o importante é acompanhar a evolução da rede — e agir com base nas transformações que moldam o futuro das criptomoedas.
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