"Assim como Nixon abandonou o padrão-ouro para maximizar o poder dos EUA, os EUA provavelmente terão que abandonar o dólar como moeda de reserva mundial na era isolacionista. O governo Nixon ficou frustrado com a Europa e o Japão por não se ajustarem à sua força econômica restaurada. As autoridades dos EUA esperavam que essas potências abrissem os mercados domésticos às exportações dos EUA, suspendendo as medidas protecionistas comerciais do pós-guerra, e agissem de boa fé em relação aos EUA, que estavam assumindo o peso das despesas financeiras da OTAN. Do ponto de vista dos EUA, a aliança do pós-guerra estava começando a parecer unilateral. Em vez de expressar gratidão pelo Plano Marshall ou pela defesa dos Estados Unidos contra a expansão soviética, a França, a Alemanha e o Reino Unido estavam trocando seus dólares por ouro em um ritmo acelerado, ameaçando o padrão-ouro e minando a soberania monetária dos EUA. Ao mesmo tempo, a Europa e o Japão estavam inundando os mercados americanos com produtos industriais baratos, prejudicando os fabricantes nacionais e mantendo seus próprios mercados relativamente fechados. Os Estados Unidos, enquanto isso, suportaram todo o peso da liderança da Aliança Ocidental. Para Washington, parecia que os EUA estavam pagando a conta de uma ordem liberal que favorecia cada vez mais seus aliados às suas próprias custas. Em agosto de 1971, o presidente Richard Nixon respondeu com o que ficou conhecido como o Choque Nixon: - Ele suspendeu a conversibilidade do dólar em ouro, encerrando efetivamente o sistema de Bretton Woods. - Ele impôs tarifas de 10% a todas as nações para proteger a indústria doméstica. - Ele congelou temporariamente os aumentos de salários e preços domésticos para controlar a inflação.