Enquanto isso, uma empresa de seguros de vida com sede nas Bermudas que opera inteiramente em bitcoin, divulgou na quinta-feira suas demonstrações financeiras auditadas de 2024 – tornando-se uma das primeiras empresas totalmente operando em bitcoin a lançar uma auditoria financeira.
"Seguimos um modelo de negócios testado e confiável, mas denominamos tudo em bitcoin", disse Zac Townsend, CEO da Meanwhile, em entrevista ao CoinDesk. A primeira companhia de seguros de vida, The Amicable Society for a Perpetual Assurance Office, foi fundada em Londres em 1706, observou ele, e segue essencialmente o mesmo plano hoje.
Os clientes pagam o seu seguro de vida em bitcoin e recebem um pagamento em bitcoin assim que o seguro entra em ação. Os pagamentos não são afetados por quaisquer mudanças no valor em dólar de um bitcoin.
A auditoria, realizada pela Harris & Trotter, mostra que entretanto teve 220,4 BTC em ativos totais e teve lucro líquido de 25,29 BTC para o ano encerrado em 31 de dezembro de 2024.
Enquanto isso, é uma empresa do Tesouro Bitcoin, disse Townsend, mas é de uma raça diferente de empresas como Strategy ou Metaplanet, que usam produtos financeiros elaborados para aumentar seu estoque de bitcoin. Enquanto isso, acumula bitcoin operando um negócio de bitcoin e gerando receita de bitcoin. Além disso, o regulamento das Bermudas proíbe a venda de seus ativos, já que a maior parte do bitcoin da empresa é mantida em nome de seus clientes.
"Possuir um seguro de vida é um pouco como ter poupança", disse Townsend, acrescentando que é importante escolher uma moeda que não sofra com a forte inflação, como aconteceu, por exemplo, com o peso argentino. Um seguro de vida denominado em bitcoin elimina esse risco, embora os segurados possam sofrer perdas se, por exemplo, o valor do bitcoin cair e não se recuperar.
"Esta [auditoria] é um passo importante e fundamental para reimaginar o sistema financeiro com base em um padrão único, global e descentralizado, fora do controle de qualquer governo", acrescentou Townsend.