Depois de ler os tweets do irmão de Paris, fiquei bastante tocado. Em 2005, no início da reforma do mercado de ações, meu patrimônio líquido pessoal já ultrapassava um milhão. Naquela época, eu era jovem, ganhava dinheiro rapidamente e minha mente começou a ter pequenos problemas. A lembrança mais marcante foi quando havia um mendigo em uma ponte em frente à minha casa. Eu sempre lhe dava algumas moedas quando ia e voltava do trabalho. Um dia, por estar muito apressado, esqueci de dar, e fiquei inquieto o dia todo, a ponto de pedir ao motorista para voltar só para dar aquelas algumas moedas. Naquele momento, percebi que tinha "um problema psicológico". Por meio de um amigo, encontrei uma apresentadora da nossa emissora provincial — que também era psicóloga. Depois de ouvir minha história, ela me disse: "Você está sendo atormentado pelo seu 'superego'." Ela explicou que uma pessoa madura, com a mentalidade mais saudável, não é guiada pelos impulsos do 'id' nem pelas amarras morais do 'superego', mas sim pelo 'ego' — que é racional, equilibrado e capaz de aceitar a imperfeição de si mesmo. Mas naquela época eu era muito jovem e idealista. Queria provar a mim mesmo e sempre desejava levar as pessoas ao meu redor a realizar grandes feitos. Em 2010, investi em minas de carvão em Shanxi, em 2011, entrei no mercado de aço de Xangai durante o mercado em alta e fundei uma empresa de garantias para notas promissórias, e em 2013, retornei ao mercado de capitais, alcançando o auge da minha vida. Em 2015, escapei do grande colapso do mercado de ações, e quando meu patrimônio atingiu o pico, minha alma estava extremamente vazia. Agora, pensando bem, aquela "vaziez" era, na verdade, uma grande hipocrisia. Depois, mudei para investimentos em private equity, apostando pesado na indústria de educação, mas acabei pegando a onda de regulamentações, e duas décadas de acumulação se desvaneceram em uma noite. Paguei um preço alto por aquela hipocrisia. Se agora eu pudesse escolher novamente, gostaria de ser um pouco mais mesquinho e ganancioso, um pouco sórdido, mas com um pouco de humanidade; caso contrário, não importa quanta riqueza eu tenha, viver como um zumbi na velhice não faz sentido. Essa ideia de "transição de classes" é, no fundo, apenas uma expressão para criar ansiedade. Enquanto a mentalidade não estiver equilibrada, não importa em qual nível de riqueza você esteja, a ansiedade será a mesma. Você pergunta se o "grande irmão" tem ansiedade de classe? Acredito que sim. Mas seu "referencial" não é mais o número da riqueza, mas sim a aceitação dos valores predominantes, a posição histórica na indústria, ou até mesmo qual papel ele deve desempenhar na narrativa da civilização humana. Essa é a ansiedade comum de todos os "excedentes de riqueza".